Adega criada pelas arquitetas Karine Espírito Santo e Carine Rocha para a 16ª Casa Cor Goiás
Bebida refinada. Mistério para degustadores. Arte quase sagrada de quem domina as sutilezas da cor, do cheiro, dos sabores infinitos e de muitos tons. O vinho é assim: tradição de sete mil anos envolta pelo prazer; para muitos, supremo de saborear uma obra-prima onde é necessária a estreita relação homem-natureza.
O conceito familiar e artesanal de produção está ligado à origem milenar quando muitas famílias viviam de imprimir astúcia no processo de cultivo das vinícolas, na maceração das uvas, no engarrafamento do precioso líquido. Mais tarde, os grupos religiosos, passaram a incorporar o líquido no ritual das celebrações. Nas igrejas, o vinho é sinal da aliança divina, representando o sangue de Jesus. E no ambiente social e doméstico, a bebida é usada também para selar compromissos e celebrar ocasiões com um brinde. Um bom vinho ressalta a importância desses momentos.
Tanta preciosidade pode custar até R$ 40.900,00 a garrafa, safra 1979, como um Romanée-Conti , que conta com a excelência das uvas Pinot Noir, e que é um dos mais célebres vinhos franceses, e considerado um dos melhores do mundo, sendo frequentemente referenciado, ano após ano, por enólogos e enófilos de todo o mundo. Outro vinho que atinge valores exorbitantes e é um dos vinhos mais desejados do mundo é o Château Mouton-Rothschild 1945. Em um leilão realizado em setembro de 2006, esse vinho foi arrematado por 28.750 dólares por garrafa. Dependendo do colecionador, uma garrafa não sai da adega por preço nenhum.
Por causa dessa mística, o vinho costuma ser associado a bebida da elite. Mas, para vários e conceituados enólogos, o vinho precisa ser desmistificado, sem medo de perder o glamour. O vinho, independentemente da classe social, faz parte da refeição diária em vários países da Europa, sendo consumido em larga escala pelo povo como alimento.
Iniciação – Detalhes como que taça usar, como abrir a garrafa, qual o vinho mais adequado não impedem que em qualquer situação e da maneira mais simples, o vinho seja consumido de forma original. Na Itália, os camponeses tomam vinho todos os dias e, por isso, ganharam fama mundial por sua longevidade, atribuída a doses regradas e sagradas todos os dias. Para fazer do vinho um hábito, é preciso levar em conta o fator preço e não se justifica o preconceito contra marcas nacionais. No mercado, existem excelentes vinhos com ótima relação custo-benefício.
Na Casa Cor Goiás 2012, a Maison des Caves, boutique de vinhos, adegas e acessórios da empresa Art des Caves, sob o comando das empresárias Ana Paula de Castro e Germana Menezes, assume o espaço Adega da mostra, apresentando uma carta de vinhos e espumantes especialmente para o evento. As bebidas selecionadas são de origem espanhola, francesa, italiana, chilena, sul-africana, australiana e brasileira.
Degustações são realizadas todos os dias no ambiente. A sequência de tintos, que inclui a degustação de um vinho chileno, um espanhol e um sul-africano, tem preço estabelecido em R$ 36. A sequência de espumantes, que inclui dois franceses e um sul-africano, custa R$ 49. Já sequência de vinhos branco, rosé e tinto, por sua vez, inclui um vinho chileno, um espanhol e um sul-africano, tem o valor de R$ 54. Todas as degustações são acompanhadas de castanhas e queijos. A Maison des Caves também está comercializando vinhos durante a exposição, que segue até o dia 26 de junho na Rua T-34 com a Praça T-23, no Setor Bueno.