Segundo o Ministério da Saúde, dia 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Além dos inúmeros riscos para a saúde, as consequências do vício podem ser vistas e sentidas na pele. “São diversos prejuízos tanto para a saúde quanto para a beleza da pele. Do ponto de vista do envelhecimento, o fumo é mais nocivo do que os raios solares. Ou seja, pode trazer danos irreversíveis”, explica a dermatologista Annia Cordeiro Lourenço. Confira alguns dos principais riscos que o fumo traz à saúde da pele:
Envelhecimento precoce – O fumo envelhece a pele mais do que os raios solares, isso porque suas toxinas promovem o aumento de radicais livres, destroem fibras de elastina e de colágeno e prejudicam a produção de novas fibras. “Com a perda significativa do colágeno e da elastina, a pele perde sua elasticidade natural e isso resulta no envelhecimento precoce e aparecimento acentuado de rugas. Ou seja, o fumante, em geral, parece ser muito mais velho do que realmente é”. Uma das áreas mais afetadas é a região ao redor da boca, pois o movimento de franzir os lábios para fumar, associado à perda do colágeno, leva ao aparecimento de rugas finas.
Perda da capacidade de cicatrização – O hábito de fumar promove a vasoconstricção, ou seja, a diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos. Na pele, o resultado é a diminuição significativa da irrigação sanguínea e, consequentemente, a baixa oxigenação. “Com a circulação comprometida, menos sangue chega à pele e isso faz com que ela perca a capacidade de cicatrização. Sendo assim, pequenas feridas e até mesmo a acne podem demorar muito mais para desaparecerem nos fumantes”.
Pele opaca e sem brilho – O comprometimento na circulação sanguínea também é responsável por deixar a pele do fumante opaca e sem brilho, em alguns casos, até mesmo acinzentada. “A circulação ruim, a baixa oxigenação e a perda do colágeno faz com que a pele do fumante fique mais fina e com menor quantidade de células vivas, levando a esse aspecto envelhecido”.
Para diminuir os sinais – Dra. Annia explica que dependendo dos danos que a pele sofreu, mesmo que a pessoa pare de fumar, há sinais que são irreversíveis. “Em alguns casos, é possível realizar alguns tratamentos, como laser, preenchimentos, uso de ácido retinóico e antioxidantes”, explica.
Sobre a doutora Annia Cordeiro Lourenço
Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1995, fez residência em Dermatologia na Santa Casa de Curitiba e especialização na mesma área na Sociedade Brasileira de Dermatologia. Além disso, fez estágios em hospitais de Miami e Barcelona. Atualmente, atende em seu consultório, localizado na Avenida Silva Jardim, 2.042, no Batel, em Curitiba.