O período mais frio do ano se aproxima e não são apenas os problemas respiratórios que preocupam os médicos. O aumento dos casos de insuficiência de vitamina D neste período também chamam a atenção e muitas vezes a carência só é descoberta no estado grave, provocando doenças como a osteomalacia, osteosporose e até mesmo raquitismo em crianças. “A vitamina D é um composto que traz diversos benefícios, como a regulagem dos níveis de fósforo e cálcio no organismo, coagulação do sangue, fortalecimento dos músculos e ossos, e auxílio nas funções cardíacas e neurológicas” explica Telmo Diniz, clinico geral com prática ortomolecular.
Segundo o médico, no inverno a atenção deve ser redobrada para que a produção de Vitamina D não fique abaixo do ideal para o bom funcionamento do corpo humano. “Os raios ultravioletas encontram dificuldades em encontrar a pele, pois além das pessoas cobrirem bem o corpo para se resguardarem do frio, a luz solar do inverno é muito fraca para a sintetização da vitamina D”, explica. Evidenciando essa ocorrência, um estudo realizado ano passado durante o inverno de São Paulo, pela nefrologista Rosa Maria Moysés, apontou que 75% dos entrevistados demonstraram ingerir a vitamina em volume abaixo do recomendado, ante a 45% no verão. Um fator determinante que implica nessa variação de uma estação para o outra é justamente o tempo de incidência dos raios solares sobre a pele. Uma questão que deve ser bem observada para não cometer danos à saúde. O índice é bastante preocupante já que o Brasil é um país tropical e recebe ampla quantidade de raios ultravioletas até mesmo em estações como o inverno.
Diniz explica que, geralmente, as pessoas tem o costume de se protegerem do sol muito mais além que o aconselhado e desconhecem o mal que estão fazendo à própria saúde . “É comum salvar mais vidas de pessoas que dobram o tempo de exposição do corpo ao sol do que morrer de câncer de pele ocasionado pelos raios ultravioleta. O risco de adquirir certos tipos de câncer é evidente, contudo, a ocorrência dos benefícios nem se compara aos possíveis danos, quando se trata de exposição ao sol”, explica Telmo Diniz. O fato das pessoas ficarem bastante tempo em locais fechados e o envelhecimento também contribui para o baixo índice da vitamina no corpo. A exposição ao sol deve ser controlada no inverno, de forma a aproveitar o curto período de ocorrência de raios solares.
Uma maneira segura de combater a deficiência de vitamina D, de acordos com as práticas ortmoleculares, é através do consumo de suplementos que auxiliam na restauração dos níveis da substância no organismo. A suplementação vitamínica consiste em ingerir certas substâncias que tem função de nivelar os níveis de vitamina recomendado para cada usuário. Já um meio natural de repor as perdas do composto é incluir no cardápio alimentos como leite, ovos e peixes, ricos em vitamina D.
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