O jornalista e apresentador Cid Moreira faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Cid, que estava internado há algumas semanas tratando de uma pneumonia, morreu por volta das 8h em decorrência de insuficiência renal crônica, uma das complicações que enfrentava nos últimos anos.
Cid Moreira teve uma das carreiras mais longas e marcantes da comunicação brasileira. Ele começou sua trajetória no rádio em 1944, na Rádio Difusora de Taubaté, cidade onde nasceu. Sua voz distinta o levou rapidamente ao sucesso, e, logo após, ele se transferiu para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e iniciou sua transição para a televisão. Em 1951, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga e começou a trabalhar também em comerciais de TV ao vivo, um formato inovador para a época.
Foi em 1963 que Cid deu início à sua carreira no telejornalismo, quando estreou como locutor de noticiários no “Jornal de Vanguarda”, da TV Rio. A partir daí, passou por várias emissoras, como Tupi, Excelsior e Continental, até se consolidar na Globo, onde, em 1969, tornou-se o apresentador do Jornal Nacional, o principal telejornal do país. Sua atuação à frente do JN se estendeu por 26 anos, período em que sua voz se tornou símbolo de credibilidade e seriedade no jornalismo brasileiro.
Além de seu trabalho na televisão, Cid Moreira também se destacou por suas narrações de textos bíblicos, que alcançaram grande sucesso no Brasil. Nos últimos anos, ele continuava a produzir conteúdo voltado para as redes sociais, ao lado de sua esposa, Fátima Sampaio, com quem vivia em Petrópolis. Cid deixa dois filhos, Roger e Rodrigo, com quem mantinha uma relação conturbada, marcada por disputas judiciais familiares.