Logo após as Olímpiadas de Paris 2024, tem início as competições das Paralimpíadas, marcadas, neste ano, para começarem dia 28 de agosto. O evento esportivo deve reunir 4,4 mil pessoas com deficiência em 22 modalidades. No Brasil, segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro, já foram convocados 271 paratletas. Um dos integrantes deste time é o goiano Raysson Ferreira, que competirá na modalidade vôlei sentado.
Residente em Goiânia, Raysson treina desde os 18 anos. Um ano antes, aos 17, ele passou por uma amputação da perna esquerda após o diagnóstico de osteossarcoma, um câncer agressivo que atinge os ossos. Depois da cirurgia, ainda na escola, o jovem demonstrou interesse em praticar esportes nas aulas de Educação Física. Em meio a sua insistência, uma professora indicou que ele fosse treinar em algum paradesporto. Com isso, em 2018, iniciou seus treinos no vôlei sentado e hoje integra a seleção que estará em Paris.
O caminho até Paris foi de treinos intensos, seja na quadra, na academia ou fortalecimento. Raysson inclusive se dedicava a atividades fora do que estava programado para a preparação. “Eu chegava em torno de uma hora e meia antes no local de treinamento para fazer alguns exercícios extras e depois fazer meu treino tradicional, que dura entre três e quatro horas. É importante para o corpo estar preparado a essa rotina e chegar à competição sem ter lesões ou incômodos”, afirma
O atleta acompanhou a convocação dos atletas brasileiros pelo YouTube. “A expectativa naquele momento era muito grande. Era algo que eu já estava esperando, mas quando vem o anúncio oficial a gente fica mais tranquilo e podemos ver que deu tudo certo o esforço que fizemos. Agora é colocar o pé no chão, continuar os treinamentos e buscar o ouro lá na França”, comenta.