Especialista orienta sobre metas de ano novo

Entenda como traçar objetivos que consiga realizar e a lidar com as frustrações de não ter conseguido alcançar algumas

metas de ano novo

Começar na academia, trocar de emprego, mudar de casa, iniciar um namoro. A virada de ano se aproxima e com ela muitas pessoas têm o hábito de estipular metas para o ano que vai se iniciar. De acordo com um estudo, coordenado por pesquisadores de universidades do Reino Unido e da Austrália, 64% das pessoas abandonam as resoluções de ano novo em menos de um mês. Outros 54% costumam carregar as metas não realizadas do ano anterior para o ano seguinte.

A psicóloga Vanessa Vilela, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica o por quê as pessoas fazem tantas promessas nesse momento. “A chegada de um novo ano renova as esperanças, reacende a vontade de realizar desejos, sonhos e objetivos ainda não concretizados. Então, estipulamos novamente metas para o ano vindouro, metas essas que, em muitos casos, já haviam sido feitas nos anos anteriores. A frustração de não termos conseguido a realização desses sonhos, mescla com o sentimento de renovação, de recomeço da passagem de ano trazendo a possibilidade de reconstrução”.

Sobre a frustração de não ter realizado o objetivo traçado anteriormente, a especialista orienta. “O problema é que queremos resultados diferentes, agindo da mesma forma. Muitas vezes, o que acontece é que estipulamos metas muito grandes, para alcançarmos em curto período de tempo, ou de forma meio mágica, sem muito esforço. Na primeira dificuldade, desistimos, achando que não vamos conseguir e voltamos ao padrão anterior. Uma forma melhor de lidar com a frustração, é olharmos para ela com a maturidade de um adulto, que aprende com o que não deu certo, para fazer diferente”, destaca.

Vanessa Vilela ressalta como traçar metas que possam realmente ser realizadas. “Uma dica legal para a conquista de um objetivo é estipularmos pequenas metas. É como se fôssemos fazer uma viagem do Rio de Janeiro para São Paulo de carro, por exemplo. Quando você sai e pega a estrada não vê a outra cidade logo de cara. O que se vê são os próximos 50 ou 100 metros. É percorrendo o caminho que vamos enxergando os próximos passos, até que chegamos no destino. Fracione as metas, fazendo 1% a cada dia, olhando para os próximos 50 metros apenas. Com a soma dos dias, chegaremos onde queremos e muito provavelmente não nos frustraremos por estar querendo alcançar rápido aquilo que depende de uma construção, tijolinho por tijolinho. Quando chegarmos no final do outro ano, estaremos 365% melhores, pois fomos 1% melhor a cada dia”.

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Psicóloga Vanessa Vilela

 

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