Os ambientes ao ar livre são recantos de conexão entre interior e exterior. Com uma relevância latente para o bem-estar precisam oferecer segurança e praticidade, tendo como protagonistas nessa tarefa a decisão acertada sobre os pisos recomendados para áreas externas.
Para compreender a importância dos revestimentos e seus diferentes materiais disponíveis no mercado, buscamos explicação da arquiteta Patrícia Penna, experiente na execução de projetos residenciais e corporativos, com espaços abertos.
Elementos fundamentais
Na especificação, a profissional conta que as pedras naturais como a Ardósia, Pedra São Tomé e granitos são opções acertadas. Partindo para os industrializados, os porcelanatos dispõem de grande resistência, entretanto Patrícia adverte que é fundamental analisar a tipologia e as informações técnicas descritas pelo fabricante.
Nas especificidades do revestimento, é crucial considerar a instalação de padrões antiderrapantes, uma vez que ao ar livre, a chuva ou mesmo sereno da noite são suficientes para deixar o piso escorregadio, resultando em acidentes. O mesmo pensamento prevalece para o entorno das piscinas.
Materiais sem polimento são os mais recomendados para oferecer segurança aos moradores e convidados. A decisão deve ser sempre acompanhada por um profissional de arquitetura, tanto para a usabilidade adequada, como pela proposta arquitetônica. Nessa área de lazer todo o espaço, incluindo a piscina, recebeu material atérmico.
Dicas e cuidados
Com a infinidade de materiais, é comum surgirem dúvidas sobre qual deve ser o mais adequado para o ambiente em questão. Diferente de tempos atrás, os pisos cerâmicos têm perdido espaço nos projetos, uma vez que apresentam uma absorção superior de umidade, quando comparado com a performance dos porcelanatos, por exemplo. “Os pisos terracota também entram nesse recorte e devem ser evitados em locais com muita incidência solar e de água”, explica Patrícia.
No capítulo argamassa, é fundamental seguir as orientações do fabricante do piso para que a peça exerça o desempenho esperado e, no que diz respeito ao rejuntamento, os insumos acrílicos e epoxílicos são boas recomendações devido à alta impermeabilização que proporcionam.
Outro cuidado primordial apontado pela arquiteta está na varanda, que muitas vezes acompanha o mesmo revestimento especificado para os demais ambientes integrados na área social. Entretanto, caso não seja protegida, é importante considerar que o material exposto às intempéries climáticas e que seja, ao menos, acetinado.
Já neste gazebo projetado pela arquiteta Patrícia Penna, mesmo com a proteção do teto de vidro, o piso é um porcelanato com acabamento acetinado, menos escorregadio que polidos e de melhor manutenção diária que pisos ásperos.
Inovações e novidades
Com o avanço da tecnologia, inúmeros revestimentos são constantemente apresentados ao mercado, e o piso drenante é um deles. Por sua composição porosa é um aliado perfeito para locais onde a obrigatoriedade de áreas permeáveis mínimas, é grande. O assentamento é simples porém feito diretamente no solo, demandando também um profissional habilitado.
A criatividade também é um mecanismo importante na busca por soluções e recursos decorativos personalizados. Nesse sentido, a combinação de diferentes materiais para composições é uma inovação poderosa destacada pelo escritório.
Nesse projeto, houve uma combinação de um porcelanato da Portobello para o entorno, enquanto a borda foi executada em laminam, material sintetizado de alto desempenho.