A estudante Júlia Moreira, de 14 anos, vai representar o estado nas seletivas online da IOAA 2024 – International Olympiad on Astronomy and Astrophysics – e da XVI OLAA (Olimpíada Latinoamericana de Astronomía y Astronáutica). A jovem, que cursa o 9º ano na unidade de Goiânia da escola canadense Maple Bear, já conquistou diversas medalhas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), e está entre os estudantes que obtiveram nota acima de 9.0, critério para a seleção internacional.
Foram 1,2 milhão de estudantes participantes e 30 mil foram convidados para as seletivas da fase internacional. Júlia tem ganhado destaque no campo das ciências e tecnologia, tendo sido medalhista por duas vezes na Olimpíada Canguru de Matemática, onde disputou com participantes de 75 países; sem contar as diversas outras competições científicas como Matemática Sem Fronteiras, inclusive em módulos de simulações da ONU, por meio da qual foi classificada para etapa nacional da competição que ocorre em dezembro deste ano.
De acordo com Júlia, que sonha em trabalhar com engenharia astronáutica ou aeronáutica, a competição é uma oportunidade, não só para colocar em prática os seus conhecimentos de matemática e lógica, mas também para ampliá-los ao contexto espacial. Feliz em representar Goiás e a Maple Bear na etapa internacional da competição, a estudante compartilha de sua emoção. “Meus esforços na preparação antes da prova valeram a pena, essa conquista é muito inspiradora para mim”, conta.
Jovens Cientistas
Segundo o professor Pedro Ferreira de Castro Santana, que esteve à frente da preparação dos alunos da Maple Bear Goiânia, a participação em olimpíadas científicas, como a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), oferece uma série de ganhos de aprendizagem e desenvolvimento. “Essas competições desafiam os jovens a expandir seus horizontes além da sala de aula e a explorar o universo do conhecimento científico. Proporciona também um ambiente enriquecedor, que vai além dos conteúdos curriculares, promovem a paixão pela aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades essenciais como: gerenciamento de tempo e a resolução de problemas. Enfim, ajudam na formação de jovens cientistas que estarão prontos para explorar os limites do conhecimento”, avalia o docente.
O coordenador pedagógico da escola Maple Bear Goiânia, Luiz Augusto Bastos Leão, reforça a importância da participação dos estudantes na OBA e suas conquistas. “Essas competições são incentivos para que as crianças e adolescentes se interessem ainda mais pela ciência e desenvolvam sua curiosidade. Eles se envolvem mais com as disciplinas relacionadas, com a física, de maneira mais interativa e dinâmica, e podem gerar o interesse de se profissionalizar”, diz.
Outros estudantes da escola também trouxeram medalhas para o Estado de Goiás. Erik Oliveira, Natália Bastos e Davi Medeiros receberam medalha de prata na Olimpíada.
A pré-seleção conta com diversas fases: inicialmente haverá três provas online, que serão realizadas nos meses de outubro, novembro e dezembro. Entre 150 e 200 estudantes serão convocados em ordem decrescente da média dessas provas iniciais para a próxima fase, que será realizada em março do ano que vem na cidade de Piraí, RJ. Após essa prova, 40 estudantes serão selecionados para a fase de treinamentos, que ocorrerá ao longo de 2024.