Dia Internacional dos Museus: descubra curiosidades sobre os acervos mais populares do mundo

Os espaços culturais nos destinos mais visitados por viajantes aparecem no ranking de 2022

Nesta quinta-feira (18/05), celebra-se o dia internacional dos museus. O programa faz parte do roteiro turístico dos viajantes que desejem conhecer melhor o passado histórico do seu destino, assim como sua arte e demais expressões culturais locais. Para homenagear a data, o Hurb conta um pouco mais sobre as cinco instituições mais visitadas no mundo em 2022, que juntas, receberam mais de 24 milhões de pessoas, segundo a publicação especializada The Art Newspaper. Localizados em grandes cidades turísticas, eles refletem a preferência por destinos populares, como as cidades de Paris, Roma e Londres, além de apontarem para tendências mais recentes, como Seul. E a empresa de tecnologia com a maior plataforma de viagens no Brasil também selecionou dois museus brasileiros que se destacaram nos últimos anos por suas propostas. Confira abaixo mais detalhes sobre esses centros culturais:

Museu do Louvre

Com 7 milhões de visitas durante todo o ano de 2022 – número que ultrapassava os 9 milhões antes da pandemia -, o Louvre não só é o museu mais visitado do mundo, como é também o maior, com mais de trinta mil objetos de arte expostos, além de mais 380 mil objetos em seu acervo. Antes de ser museu, seu prédio foi ocupado pela família real no século XIV, embora tenha sido erguido como uma fortaleza militar no século XII. O museu parisiense guarda uma das obras mais famosas da história da arte, a Mona Lisa, do italiano Leonardo Da Vinci. O quadro está exposto no museu desde 1804 e, desde então, foi roubado uma vez, em 1911, quando um italiano que trabalhava na instituição julgou justo devolvê-la ao seu país de origem. O retrato do sorriso enigmático foi recuperado só dois anos depois. Com coleções de arte islâmica, egípcia e europeia, seria necessário visitar o Louvre diariamente por mais de três meses para observar cada uma de suas peças, ainda que por apenas 30 segundos.

Museu do Louvre. Foto: Divulgação/Hurb

Museu do Vaticano

O que se chama de Museu do Vaticano é, na verdade, um complexo de museus: o espaço compreende mais de 50 galerias e áreas como o Pátio dos Papiros, com uma coleção do antigo papel egípcio que data de mais de 2000 anos, e a Biblioteca Apostólica do Vaticano, com mais de um milhão de obras literárias. Entre todo seu acervo, uma atração forma as maiores filas: a Capela Sistina. Com afrescos de Michelangelo, como “A Criação de Adão”, assim como de outros artistas renascentistas, como Botticelli, Rafael e Signorelli, a importância do templo religioso vai além da arte. Mais de 50 papas foram escolhidos na capela, uma vez que passou a ser o ponto de encontro dos cardeais responsáveis pela eleição. Inaugurada em 1483, a atração tem grande importância para os católicos, mas também para apreciadores da arte de qualquer religião. Localizado na capital do menor país do mundo, o Vaticano, o museu está na rota de quem passa por Roma, cidade italiana vizinha.

Museu Britânico

O British Museum, em Londres, recebeu pouco mais de 4 milhões de visitantes em 2022. Seu acervo busca representar a trajetória da humanidade desde seu princípio até a contemporaneidade e reúne, para isso, artefatos gregos, egípcios, astecas, maias, entre outras culturas. Recentemente, a instituição enfrenta críticas por expor peças obtidas pelos colonizadores ingleses e, este ano, anunciou a devolução de peças gregas. Durante a Segunda Guerra Mundial, parte de suas coleções foram armazenadas nos túneis subterrâneos de estações de metrô para serem protegidas dos bombardeamentos. O próprio museu conta com espaços subterrâneos abertos ao público, como a sala de leitura. Em 2001, tornou- se o primeiro grande museu nacional do mundo a implementar uma política de entrada gratuita para suas exposições permanentes. A medida permitiu que um público ainda maior tenha acesso ao museu, o que impacta diretamente em seu número de visitantes.

Tate Modern

Às margens do rio Tâmisa, em Londres, uma estação elétrica desativada com arquitetura industrial foi transformada em museu. Inaugurado no ano de 2000, o Tate Modern volta seus seis andares para as artes moderna e contemporânea. Contando com obras de Warhol, Dali e Matisse, o museu também recebe a produção de grandes nomes atuais, como Ai Weiwei e Anish Kapoor. Sua galeria principal, a Turbine Hall, recebe instalações e esculturas em seus mais de 3 mil m² e 26 m de altura. O Tate também se destaca por seus eventos noturnos, como exibição de filmes, concertos e performances ao vivo, além de festas. Seguindo o exemplo do Museu Britânico, oferece entrada gratuita para a maioria de suas exposições.

Museu Nacional da Coreia

O representante coreano foi o único deste top5 a crescer em público em relação ao período pré-pandemia, recebendo cerca de 3.400.000 visitantes em 2022, além de ser o único fora da Europa. A instituição foi aberta em 2005 para difundir a cultura coreana e oferece a visitantes estrangeiros um programa de voluntariado, que os permite aprender mais sobre a história e costumes do país. Localizado na capital Seul, a instituição abriga mais de 220 mil peças históricas e artísticas. Da era Silla (57 aC – 935 dC), uma das coroas de ouro mais bem preservadas da época é exibida. Já do período seguinte (918-1392 dC), o Tripé de Goryeo é a maior peça de cerâmica antiga do país, com 1,5m de altura. Seu acervo inclui ainda uma variedade de pinturas, esculturas e manuscritos budistas e alguns dos tesouros nacionais do país.

Mas, não pense que só vale a pena visitar um museu durante viagens internacionais. O Brasil conta com quase 4 mil instituições culturais em todo o seu território, voltadas para diferentes temas. Abaixo, o Hurb indica dois museus nacionais que se destacam pelas propostas dos seus projetos.

Museu do Amanhã

Com arquitetura projetada pelo espanhol Santiago Calatrava e paisagismo do escritório do brasileiro Roberto Burle Marx, o Museu do Amanhã deu um novo propósito ao desativado Píer Mauá (RJ) em 2015. A fim de incentivar a reflexão sobre a ciência e promover a inovação, suas exposições tratam de temas como degradação ambiental, mudanças climáticas e sustentabilidade. Foi o primeiro museu brasileiro a ser reconhecido internacionalmente como uma construção sustentável: o edifício realiza captação de energia solar e uso racional das águas da baía, que são tratadas pelo museu e reutilizadas. Por ano, estima-se que o projeto economize mais de 9 milhões de litros de água e 2400 megawatts por hora, o que equivale ao consumo de 600 casas. Seu espaço externo, que inclui um espelho d ‘água com vista para a Baía de Guanabara e uma área coberta por suas estacas metálicas brancas, também recebe eventos noturnos. Em 2022, o Museu do Amanhã bateu a marca de 5 milhões de visitantes desde sua inauguração.

Instituto Inhotim

Na pequena cidade mineira de Brumadinho (MG), o Instituto Inhotim proporciona o encontro entre arte e natureza em seus 140 hectares, sendo um dos maiores museus a céu aberto do mundo. Com foco na arte contemporânea, conta com 19 galerias permanentes e mais 4 voltadas para receber exposições temporárias, além de um ambiente que o permite explorar obras de grande escala e instalações únicas, que interagem especificamente com seu espaço. Hoje, Inhotim exibe 560 obras de artistas de 38 países diferentes, entre eles: Hélio Oiticica, Tunga, Adriana Varejão, Marilá Dardot, Carroll Dunham e William Kentridge. Sua capacidade máxima permite que 1500 pessoas o visitem diariamente e, ao ano, costuma registrar pouco mais de 100 mil visitantes. Faz parte do instituto ainda um jardim botânico, que engloba os biomas Cerrado e Mata Atlântica, com mais de quatro mil espécies de todo o mundo.

 

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