Alemanha protesta contra censura da FIFA durante Copa do Mundo do Catar

Os jogadores do time da seleção europeia levaram a mão direita à boca, em oposição a instituição
Alemanha protesta contra a censura da FIFA antes do jogo contra o Japão, nesta quarta-feira (23)
Seleção Alemã tampa a boca em protesto contra a censura (Foto: Reprodução Twitter @DFB_Team_EN)

Nesta quarta-feira (23), jogadores alemães protestaram contra a censura da Federação Internacional de Futebol (Fifa) sobre braçadeiras com as cores do arco-íris que seriam usadas durante os jogos da Copa do Mundo do Catar. Durante a pose para a foto oficial, após a execução dos hinos nacionais, os atletas levaram a mão direita à boca, indicando que foram censurados pela instituição. O fato aconteceu antes do início da partida contra o Japão, jogo de estreia de ambas seleções.

A Alemanha está entre os países cujos capitães usariam uma braçadeira com a expressão “One Love” (“Um Amor”, na tradução do inglês), em apoio à causa LGBTQIA+, mas que foram pressionadas pela  Federação a recuarem. A homossexualidade é proibida no país-sede da Copa.

Inicialmente usada por Harry Cane, durante a liga das nações, o acessório foi barrado.

Alemanha protesta contra a censura da FIFA antes do jogo contra o Japão, nesta quarta-feira (23)
Harry Kane usa braçadeira “One Love” durante as liga das nações unidas (Foto: Reprodução via Instagram @harrykane)

Houve especulação de que capitão do time alemão, Manuel Neuer, usaria o objeto durante os jogos. No entanto, antes do apito inicial, o bandeirinha verificou a braçadeira do goleiro, e estava de acordo com o protocolo da Fifa.

Nas redes sociais, a seleção alemã publicou uma nota oficial que revelava o desejo dos jogadores em se posicionar a favor dos direitos humanos. Confira a nota traduzida:

“Queríamos usar nossa braçadeira de capitão para nos posicionar sobre os valores que defendemos na seleção da Alemanha: diversidade e respeito mútuo. Junto com outras nações, nós queríamos que nossa voz fosse ouvida. Não era sobre fazer uma declaração política – direitos humanos não são negociáveis. Isso deveria ser tomado como certo, mas ainda não é o caso. Por isso essa mensagem é tão importante para nós. Negar a nós a braçadeira é o mesmo que nos negar a voz. Nós defendemos a nossa posição.”

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