O governador Ronaldo Caiado, acompanhado pela coordenadora do Gabinete de Políticas Socais (GPS) e presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), primeira-dama Gracinha Caiado, lançou, nesta terça-feira (13) o primeiro edital de seleção para o Programa Universitário do Bem (ProBem), com a disponibilização de 5 mil bolsas. “[a bolsa] foi feita para qualificar pessoas, formá-las, para que tenham condição de sobreviver com a sua profissão, ter dignidade e cidadania. Essa é a diferença”, afirmou Caiado, ao explicitar a essência da iniciativa, instituída no começo deste ano após aprovação da matéria na Assembleia Legislativa de Goiás.
Gracinha Caiado, falou sobre as novidades advindas da reformulação do programa, como o aumento no valor da bolsa, que quase dobrou na modalidade parcial. Estudantes que recebiam de R$ 300 a R$ 500 terão à disposição até R$ 650. Já no caso das bolsas integrais, o valor será de R$ 1.500 para cursos em geral e R$ 5.800 para medicina e odontologia. “Hoje, os 6 mil bolsistas já são atendidos por essas novas regras. O aumento da cobertura do benefício confere mais estabilidade financeira e permite que o bolsista se programe do início ao fim do curso, reduzindo as chances de evasão”, assinalou.
Outros grandes diferenciais dizem respeito ao número de bolsas para os cursos de medicina e odontologia, que aumentaram 600%, passando de 20 para 140, e à metodologia para concessão do benefício, que leva em conta agora, além do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal, uma versão ampliada do Índice Multidimensional da Carência das Famílias Goianas (IMCF), criado pelo Instituto Mauro Borges (IMB), à pedido do GPS, para direcionar as políticas sociais à população mais vulnerável.
A diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado, esclareceu que o ProBem foi instituído para “mudar a realidade das pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social e que sonham em concluir um curso superior”. “Os estudantes serão beneficiados e terão nova perspectiva de vida. Além de contribuir para o desenvolvimento econômico e desenvolvimento social do nosso Estado”, avaliou.
Processo Seletivo
Os candidatos devem ler o edital disponível no site da OVG e, caso não estejam cadastrados no CadÚnico, terão até o dia 25 de maio para procurar um posto de cadastramento, que costuma funcionar no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município.
Um mês depois, no dia 25 de junho, começa o período de inscrições no site da OVG. O resultado definitivo dos primeiros selecionados pelo ProBem está previsto para o dia 26 de julho. Os estudantes contemplados vão receber o benefício no segundo semestre deste ano com bolsas que custeiam 50% (bolsa parcial) ou 100% (bolsa integral) do valor da mensalidade.
Durante a solenidade, a diretora de Programas Especiais da OVG, Rúbia Prado, apresentou a estrutura do ProBem e reforçou que a inscrição no CadÚnico é obrigatória e deve ser feita, impreterivelmente, até o dia 25 de maio. “Como o CadÚnico é um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, o adotamos como parâmetro para o ProBem. Sem o cadastro, não conseguimos fazer a avaliação do estudante e, consequentemente, conceder a bolsa de estudos”, enfatizou a diretora.
Sancionado pelo Governo do Estado no início de janeiro, o Programa Universitário do Bem tem o objetivo de ampliar a capacidade de atendimento aos mais vulneráveis, ao trazer maior segurança ao processo de seleção, elevar o potencial de redução das desigualdades sociais por meio do acesso ao ensino superior e promover o alinhamento às demandas por mão de obra qualificada no Estado de Goiás. O ProBem é direcionado a todos os 246 municípios goianos.
Banco de Oportunidades
Com atualmente 6 mil bolsas ativas, a iniciativa destinará parte das novas vagas às chamadas profissões do futuro e para aquelas áreas de formação que atendem às demandas por mão de obra em todas as regiões do Estado, além de abrir portas para a qualificação e oportunidade de estágios por meio do Banco de Oportunidades.
33% das bolsas (1.650 vagas) estão reservadas para o desenvolvimento de cadeias produtivas locais, para as chamadas “profissões do futuro”. “Fizemos isso com base em um estudo do Instituto Mauro Borges/Fapeg, que aponta necessidade de mão de obra, considerando as cadeias produtivas e profissões em ascensão”, destacou a diretora-geral da OVG, Adryanna Caiado.