HGG ultrapassa marca de mais de 500 transplantes realizados

Unidade hospitalar do Governo de Goiás é referência no Brasil
Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, ultrapassou em setembro deste ano o número de 500 transplantes realizados desde o início das atividades Foto: divulgação

Entre abril e junho deste ano, o Brasil realizou menos da metade dos transplantes de órgãos e tecidos do início do ano. Foi uma diminuição de 61% dos procedimentos, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Na contramão da situação do país, o Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, referência em procedimentos deste tipo no Estado, ultrapassou em setembro deste ano o número de 500 transplantes realizados desde o início das atividades. Mesmo com a pandemia da Covid-19, o hospital fechou o primeiro semestre de 2020 com um crescimento de 20% na realização de transplantes de rim e de fígado. A unidade de saúde do Governo de Goiás, é gerida pelo Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), sob orientação da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO).

Pioneiro no procedimento, desde a criação do serviço de transplante renal, em 2017, foram realizados 487 procedimentos. O serviço de transplante hepático, iniciado em 2018, já realizou 17 cirurgias. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), divulgado no mês de agosto deste ano, o HGG é o 5º maior centro transplantador renal país. A unidade também é a única a fazer transplantes hepáticos em Goiás.

O diretor-técnico do HGG, Durval Pedroso, ressalta que o hospital é o maior centro transplantador de órgãos sólidos de Goiás, além de ter realizado o primeiro transplante de fígado no estado. “É uma satisfação muito grande para a unidade ser referência em transplantes. O apoio da Secretaria de Estado da Saúde e da Central de Transplantes de Goiás é fundamental para que o hospital desenvolva este trabalho. Ultrapassar a marca dos 500 transplantes e pensar que foram 500 vidas modificadas em qualidade e perspectivas é um marco a ser comemorado não só pelo HGG, mas também por todos do Estado de Goiás“.

De acordo com Durval, para que o serviço de transplante continuasse funcionando no hospital após o anúncio da pandemia pelo novo coronavírus, várias medidas foram tomadas visando a segurança dos pacientes, como tomografias de tórax e a exames laboratoriais. Além disso, foi suspensa a coleta de órgãos realizada por doadores vivos, utilizando apenas órgãos de doadores cadáveres. “Neste caso, se não fizer o transplante, haverá perda do órgão. Sendo assim, é um procedimento justificável, desde que em comum acordo com o receptor e com todas as medidas de prevenção e contaminação tomadas”, afirma o médico.

Durval explica que o HGG tem uma boa estrutura, e isso garantiu que o hospital mantivesse o fluxo normal de transplantes durante a pandemia. “O HGG atende os pacientes com diversas doenças, exceto o coronavírus. Os pacientes fortemente suspeitos não são atendidos no HGG, e sim, encaminhados às unidades dedicadas ao atendimento de Covid-19”, enfatiza.

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