Comemorado sempre em 21 de março, o Dia Internacional da Síndrome de Down tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância da inclusão e diversidade na sociedade. Além de buscar novos caminhos e desenvolvimento social, a data representa ainda uma oportunidade de refletir sobre o tema. A estimativa, de acordo com o Projeto Down, é que a população de portadores, no Brasil, esteja perto de 300 mil, entre adolescentes, adultos e crianças.
Walter Vieira, de 41 anos, tem Síndrome de Down e, há um ano, trabalha no McDonald’s como atendente, no restaurante do Passeio das Águas Shopping. Hoje, parte de uma equipe e inserido no mercado profissional, ele se sente uma nova pessoa, mais otimista sobre os projetos para o futuro. “Eu não tinha planos, era tudo muito rotineiro. Hoje vejo que sou capaz de fazer muito mais! Sonho em viajar e conhecer o mundo, especialmente a Disney”, revela.
Atualmente, o McDonald’s investe R$ 40 milhões em capacitação pessoal no Brasil, incluindo de colaboradores com deficiência. Feliz por, cada vez mais, ganha experiência e prática em sua função, Walter garante que se sente à vontade na empresa. “Me sinto útil, produtivo e realizado. É um local adequado para conquistar meu espaço na sociedade. Não importa quais são as dificuldades, quando se encontra realização nas pequenas coisas”, explica.
Respeito
Em Ribeirão Preto, o fotógrafo Hugo Battaglion escolheu seis modelos com a Síndrome para retratá-los como alguns dos maiores ídolos reconhecidos no mundo todo pela inteligência e criatividade. O resultado foi “São Seus Olhos”, um ensaio sensível e que emocionou os próprios modelos e suas famílias.
Os participantes têm entre 7 e 21 anos e encarnaram os personagens Freddie Mercury, Princesa Diana, Rita Lee, Frida Khalo, Einstein e o jogador Sócrates. Segundo o fotógrafo, todos eles fizeram questão de representar seus respectivos papeis durante a sessão de fotos, realizada no Teatro Municipal de Ribeirão Preto. “O nome do projeto se refere à ideia de que o portador da síndrome de Down pode ser bonito ou feio, inteligente ou não, mas o que faz chegar a essa conclusão é a forma como você os enxerga, ou seja, são seus olhos”.
O objetivo, para Hugo, é mostrar que a Síndrome de Down não define uma pessoa e que, com respeito e políticas públicas adequadas, é possível que eles lutem por seus sonhos e cheguem tão longe quanto os personagens que representaram.
Modelos: Laura Ribeiro de Oliveira (Princesa Diana), André Carrasco Catanoze (Freddie Mercury), Ana Carolina Piragine Paiva (Frida Kahlo), Bruno Lellis Lopes (Albert Einstein), – Beatriz Kamimura Kikugava (Rita Lee) e Victor Hugo Leal Vieira (Sócrates).