<p style="text-align: justify;">Por vivermos em um mundo cada vez mais tecnológico e globalizado, é preciso rever determinados conceitos conservadores, como o que dito masculino ou feminino. Com o avanço das pautas feministas e de igualdade de gênero, a quebra de certos tabus tem proporcionado a abertura de um caminho em direção a uma realidade mais igualitária, democrática e moderna. A arquitetura e o design não ficam de fora! É isso que os ambientes "genderless" (sem gênero) da CASACOR vieram para mostrar.</p>
<p style="text-align: justify;">As últimas edições do evento entregaram projetos que quebram paradigmas e trazem ideias inovadoras para a área. Dentre as composições apresentadas, o importante não é se enquadrar em um estereótipo, mas, sim, ser aquilo que se é independente dos padrões. Confira abaixo os destaques desse estilo!</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>WC No Gender, por Lisandro Piloni </strong>(São Paulo 2018)</p>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Casa%20-%20Arquitetura/unnamed%20(4).jpg" alt="Foto: Divulgação" width="774" height="502" /></p>
<p style="text-align: justify;">Com seus 30m², o WC No Gender (banheiro sem gênero) se destaca pelo uso de tecnologias e muitas cores para transmitir uma mensagem que questiona as ideias de sexualidade. Com os dizeres "Whatever you want" ("O que você quiser") espelhados em neon na parede, e intervenções artísticas dentro e fora das cabines, a proposta é uma reflexão sobre o corpo. O espelho, muito mais que uma forma de contemplação, torna-se um elemento de aceitação pessoal, já que não há distinção de público e o excêntrico é, notoriamente, muito bem-vindo.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Quarto de Bebê, por MN Arquitetura </strong>(São Paulo 2018)</p>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Casa%20-%20Arquitetura/unnamed%20(3).jpg" alt="Foto: Divulgação" width="773" height="515" /></p>
<p style="text-align: justify;">Com clima lúdico e cores neutras, essa decoração traz soluções práticas para o ambiente maternal e o máximo aproveitamento do espaço, tanto pelos adultos quanto pelas crianças. Utilizando-se de elementos que remetem à natureza, como cordas, pássaros em origami e também uma rede presa à arvore cheia de frutos, os profissionais fazem com que a vida contemporânea se preencha com uma essência simples. Sem preocupações, inclusive, de delimitar o ambiente como feminino ou masculino.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Loft (U), por Studio Ro+Ca </strong>(Rio de Janeiro 2017)</p>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Casa%20-%20Arquitetura/unnamed%20(2).jpg" alt="Foto: Divulgação" width="771" height="567" /></p>
<p style="text-align: justify;">O nome desse ambiente manda a mensagem: "Loft" vem da palavra em inglês "undefined". Ou seja, sem definição, seja ela de gênero ou demais rótulos. Os profissionais Rodrigo Bezé, Carlos Carvalho e Caio Carvalho quiseram fazer um espaço aconchegante para um casal, seja ele composto por um homem e uma mulher, duas mulheres ou dois homens. Nada mais chique e contemporâneo que não se deixar levar por padrões.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Quarto Infantil Interativo, por Adriana Fontana </strong>(Franca 2017)</p>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Casa%20-%20Arquitetura/unnamed%20(1)_1.jpg" alt="Foto: Divulgação" width="772" height="518" /></p>
<p style="text-align: justify;">Transcendendo gêneros, Fontana apresenta um espaço ideal para brincar e descansar. Tanto meninos quanto meninas podem (e devem) se divertir na parede de escalada, curtir as cores alegres que preenchem cada canto do ambiente e, claro, fazer uma tremenda bagunça com os diversos brinquedos que tomam as prateleiras. Até a mobília tradicional ganhou um toque jovem, a fim de transformar os mínimos detalhes em uma experiência lúdica.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Banheiro Somos Todos Iguais, por Dimi Kuroki, Larissa Nahas e Paulo Gomes </strong>(Goiás 2018)</p>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Casa%20-%20Arquitetura/1.jpg" alt="Foto: Divulgação" width="774" height="515" /></p>
<p style="text-align: justify;">O trio concebeu o espaço a partir da dualidade entre masculino e feminino. Para refletir esse pensamento, usou-se o conceito da dualidade nos tons dos revestimentos: o preto e o branco, em materiais reflexivos ou opacos e nas superfícies lisas e rugosas que compõem o projeto. Com 42m², o ambiente possui uma entrada que é marcada por uma área intersticial, um <em>lounge</em> que tem a pretensão de convidar o transeunte a entrar e, ao mesmo tempo, ser um espaço de caráter social.</p>