Natureza sensorial

<p style="text-align: justify;">A paz e a mansid&atilde;o da natureza s&atilde;o os nortes principais na concep&ccedil;&atilde;o do Banheiro Sensorial da Casa Cor 2015. A dupla Fab&iacute;ola Naoum e Wilker Godoi resgatou sensa&ccedil;&otilde;es inatas e mesclou-as a itens tecnol&oacute;gicos em seu projeto. O resultado &eacute; uma atmosfera de contempla&ccedil;&atilde;o e descanso, na qual o lirismo ganhou uma releitura e os sentidos s&atilde;o aflorados.</p>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Projeto/wilker%20(2).jpg" alt="Mix de madeira, m&aacute;rmore e refer&ecirc;ncias da natureza levam o visitante para uma atmosfera de contempla&ccedil;&atilde;o e descanso no banheiro sensorial da Casa Cor Goi&aacute;s" width="800" /></p>
<p style="text-align: justify;">De longe, o visitante tem sua aten&ccedil;&atilde;o roubada por uma pe&ccedil;a, no m&iacute;nimo, inusitada. &ldquo;Uma imponente fachada com portas pivotantes em muxarabi de madeira&rdquo;, explicam os profissionais. De origem &aacute;rabe, o muxarabi &eacute; originalmente um muro de concreto em forma de arabesco, respons&aacute;vel por filtrar a luz. &Eacute; utilizado para proteger as mulheres da vis&atilde;o dos homens e tamb&eacute;m posicionado na entrada dos templos para deixar livre a &ldquo;luz da alma&rdquo;.&nbsp;</p>
<p style="text-align: justify;">Predominantemente em madeira, o muxarabi nada mais &eacute; do que um fechamento em forma de treli&ccedil;a. &ldquo;Suas principais fun&ccedil;&otilde;es s&atilde;o permitir ventila&ccedil;&atilde;o e ilumina&ccedil;&atilde;o, bloqueando o calor. E, ainda, isolar os ambientes internos da vis&atilde;o dos transeuntes, permitindo a quem est&aacute; dentro deles uma vis&atilde;o do lado externo, protegendo sua intimidade&rdquo;, destaca Naoum. Al&eacute;m do elemento, a madeira aparece ripada, no painel ao redor das cabines privativas do espa&ccedil;o. O som da &aacute;gua, que escorre pela ducha e pelas cascatas, ganha o status de elemento vivo e, somado ao verde da vegeta&ccedil;&atilde;o, constitui uma atmosfera sinest&eacute;sica. Al&eacute;m da madeira, o m&aacute;rmore est&aacute; em evid&ecirc;ncia no ambiente. Ele surge nas bancadas com polimento vintage, em forma de mosaico nas paredes, no rodap&eacute; do interior das cabines privativas e em um banco coberto com futons.</p>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Projeto/novo.jpg" alt="Fachada com portas pivotantes em muxarabi &eacute; destaque no ambiente" width="800" /></p>
<p style="text-align: justify;">Com vista para o jardim vertical, as cabines s&atilde;o revestidas com papel de parede preto e arabescos. Tamb&eacute;m s&atilde;o voltadas para o espelho d&rsquo;&aacute;gua e as cascatas. &ldquo;A &aacute;gua que escorre pela ducha e pelas cascatas &eacute; sempre a mesma, que retorna do espelho d&rsquo;&aacute;gua com o uso de uma bomba&rdquo;, revelam. Escolhidas com cuidado, as plantas utilizadas s&atilde;o esp&eacute;cies pr&oacute;prias para a sombra, como orqu&iacute;deas, jiboias, ant&uacute;rios, samambaias e aspargos. Recorrentes no banheiro, os espelhos est&atilde;o inseridos e revestem toda a parede do fundo e nos lavat&oacute;rios como magic mirrors. Toda em LED, a ilumina&ccedil;&atilde;o reafirma a preocupa&ccedil;&atilde;o dos arquitetos com a sustentabilidade. O ambiente &eacute; equipado, ainda, com interruptores USB, para que os visitantes possam carregar seus celulares. Os arquitetos chamam a aten&ccedil;&atilde;o para a contraposi&ccedil;&atilde;o dos elementos naturais com o requinte dos detalhes em dourado e dos itens tecnol&oacute;gicos. Entrar no espa&ccedil;o &eacute; como receber um abra&ccedil;o da natureza.</p>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Projeto/DSC_2783.JPG" alt="Dupla de arquitetos mesclou natureza e tecnologia para promover experi&ecirc;ncia sensorial" width="800" /></p>

Deixe um comentário